quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Comunicação Sísmica dos Elefantes


Pata de Echo, famosa matriarca que viveu no Parque Nacional do Amboseli (©ElephantVoices)
A energia sísmica se propaga de forma eficiente entre 10 e 40 Hz – o que corresponde também à frequência fundamental e à segunda harmônica do bramido do elefante. O que ocorre é que, quando um elefante brame, uma réplica desse som também se propaga pelo solo. Os sons emitidos por elefantes se propagam a uma velocidade de 309m/s pelo ar e de aproximadamente 248-264m/s através do solo.

Estudos feitos por Caitlin O`Connell e colegas demonstraram que os elefantes são capazes não só de perceber esses sinais sísmicos, como também se orientam pela direção da vibração, além de responder a ela corretamente.



Um elefante normalmente "congela" seus movimentos para escutar - presume-se que também esteja recebendo vibrações sísmicas (©ElephantVoices)

Os elefantes detectam essas vibrações sísmicas, também conhecidas como ondas Rayleigh, de duas formas: através da vibração dos ossículos do ouvido médio, ou, possivelmente, também por mecanorreceptores sensíveis às vibrações, localizados em suas patas. A extremidade da tromba do elefante apresenta camadas celulares conhecidas como Corpúsculos de Pacini, que são extremamente sensíveis às vibrações, e acredita-se que estes possam detectar movimentos extremamente sutis, como o Movimento browniano. Também são encontrados Corpúsculos de Pacini na camada dérmica da parte anterior e posterior da pata (na área dos dedos e do calcanhar). Movimentos ou vibrações levam à sua deformação, transmitindo um sinal nervoso ao cérebro. Embora estes corpúsculos também sejam encontrados em outros mamíferos, eles são particularmente densos na extremidade da tromba do elefante.

Mais informações interessantes sobre sinais sísmicos em elefantes podem ser encontradas aqui.


Leia o texto original em Inglês aqui.

Leia também: "A Comunicação Tátil dos Elefantes".

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