sábado, 12 de janeiro de 2013

Família de elefantes é exterminada por caçadores ilegais no Parque Nacional de Tsavo, no Quênia

No último final de semana, uma família inteira de doze  elefantes foi morta e teve suas presas retiradas, em Bisadi,  uma área do Parque Nacional de Tsavo Leste. Acreditava-se que fossem onze elefantes, mas foi descoberta mais uma  carcaça, que pertencia a um elefante bebê, de aproximadamente dois meses de idade.  

Segundo o Serviço à Vida Selvagem do Quênia (KWS), um suspeito foi preso e está fornecendo informações que levarão as autoridades a outros membros da gangue.

Depois dessa última tragédia de caça ilegal, o Primeiro Ministro do Quênia, Raila Odinga, apelou à comunidade internacional por ajuda. “Peço à comunidade internacional que ajude a fortalecer o policiamento nacional e internacional para lidar com o tráfico de vida selvagem como uma séria ameaça à conservação, ao Estado de Direito, ao governo e ao desenvolvimento econômico”.  


 A menor vítima do massacre.
Foto: Kenya Wildlife Service

7 de Janeiro de 2013
Por Mary Purvis, examiner.com

Em apenas um dia. Onze elefantes. Mortos. Uma família inteira assassinada a tiros por caçadores ilegais.


De acordo com informações que o Serviço da Vida Selvagem do Quênia (KWS) acaba de divulgar, a família foi massacrada durante o final de semana, em Bisadi, uma área do Parque Nacional de Tsavo Leste.


O KWS está, neste momento, à procura da gangue responsável pelo massacre.


Tsavo está fazendo jus a seu nome, que, na língua Kamba, significa massacre. Durante os anos 70 e 80, as magníficas manadas de elefantes do parque foram praticamente reduzidas a zero, devido à caça ilegal. E agora, a história se repete.


Também durante o final de semana, patrulheiros da Save the Elephants (Salve os Elefantes) encontraram um de seus machos adultos morto. Changilla era muito amado por Iain e Oria Douglas-Hamilton. Os patrulheiros não haviam conseguido localizá-lo e quando, finalmente, ele foi descoberto, seu corpo estava escondido sob galhos. 


A Save the Elephants afirmou que nas últimas seis semanas quase 20 elefantes foram mortos na área próxima a Isiolo, no norte do Quênia.


Uma fonte alegou que uma família bastante rica e envolvida há muito tempo na política, suspeita de envolvimento no comércio ilegal de marfim durante os anos 70, está por trás deste recente holocausto de caça ilegal. Um membro dessa família foi acusado de cometer crimes contra a humanidade nas eleições de 2007 e é agora candidato à presidência nas próximas eleições de março. 


Dado o poder que essa família exerce, será que o mercado de marfim pode ser mesmo brecado no Quênia?


Mesmo assim, esses indivíduos representam apenas um entre os diversos grupos responsáveis pelo massacre da vida selvagem no Quênia.


Se a caça ilegal não diminuir, um dos tesouros mais valiosos do Quênia desaparecerá. Para sempre.


Leia o artigo original publicado na examiner.com

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