sexta-feira, 8 de novembro de 2013

“Precisamos abolir todos os zoológicos”, diz o mais famoso dono de zoológico da Grã-Bretanha, Damian Aspinall


Um dos mais famosos donos de parques de animais selvagens na Grã-Bretanha chamou o governo para ajudá-lo a realizar seu sonho de longo prazo: abolir todos os zoológicos.


Aspinall, 53 anos, diz que os milhões de libras que são gastos em novos cativeiros poderiam ser melhor utilizados reproduzindo espécies ameaçadas de extinção para retorná-las à natureza

Damian Aspinall quer que seu próprio “negócio” seja gradativamente eliminado nos próximos 20-30 anos, dizendo que é errado manter criaturas sencientes como “prisioneiras sem liberdade condicional” por toda a vida.

Ele diz: “Nós brincamos de Deus quando trazemos esses animais das florestas para os zoológicos, então com certeza podemos brincar de Deus novamente e tentar retornar alguns desses animais a seus lares.”

Por volta de 80% de animais em zoológicos não estão ameaçados de extinção, ele argumenta, adicionando que ou eles são criaturas “híbridas”, sem nenhum valor para conservação, ou eles estão tomando pílulas anticoncepcionais para prevenir que se reproduzam, consequentemente aumentando os custos.

O Sr. Aspinall, 53 anos, diz que os milhões de libras que são gastos em novos cativeiros poderiam ser melhor utilizados reproduzindo espécies ameaçadas de extinção para retorná-las à natureza.

É uma políitica que ele segue com sucesso em seu parque de animais selvagens, Port Lympne and Howletts, em Kent, onde ele diz que “animais estão em primeiro lugar”.

A decisão de alugar uma terra próxima ao parque para dois festivais de música em Port Lympne, como foi reportado no Sunday Express ano passado, foi um “erro”, ele acrescenta.

A Fundação Aspinall, fundada por seu falecido pai John, o famoso magnata dos cassinos e amigo próximo de Lord Lucan, acaba de retornar nove gorilas para as florestas do Gabão, um momento que ele descreveu como “lindo”.

“Eles simplesmente andaram pela floresta e começaram a explorar”, disse ele.

“Se você é um real conservacionista e realmente acredita na natureza, o objetivo final é que você não precisará de zoológicos.

“Eles sempre jogam educação na sua cara, mas isso é um total e completo absurdo.

“Nos próximos 20-30 anos, seria um objetivo encantador ver zoológicos acabarem gradativamente, ou, se eles não acabarem, observá-los fazendo o que eu acredito que seja um real trabalho de conservação.

“O que eu quero dizer com isso é que eles mantenham apenas animais que estejam realmente ameaçados de extinção.

“Zoológicos estão presos numa armadilha porque eles precisam do consenso do público já que, se não, eles irão falir.


Damien Aspinall quer ver zoológicos sendo eliminados nos próximos 20-30 anos.
Macacos na Fundação Aspinall.
“E a única razão de eles ainda conseguirem o apoio do público é simplesmente porque as pessoas estão viciadas em shows de animais: elas anseiam por ver animais em exibição.

“A verdade é que se zoológicos fizessem o que é melhor para os animais, não o que é melhor para o público, eles seriam lugares bem diferentes.

“Eu fico com o estômago embrulhado ao ver zoológicos fazendo shows com animais.

“No meu ponto de vista, nenhum animal deveria estar aqui para nos entreter.

“Nós supostamente somos espécies inteligentes. Com certeza não precisamos ter animais entretendo nossas crianças.”

“O que estamos fazendo é disseminar uma cultura em que nossas crianças acham normal que o homem seja a espécie dominante.”

“Isso é simplesmente errado. Nós precisamos acabar com essa cultura enraizada no público e acabar com os zoológicos.”

“Há um espaço para a atuação do governo nisso.”

Mas no entanto, a Associação Britânica e Irlandesa de Zoológicos e Aquários diz que seus membros já fazem um trabalho significantivo de conservação na natureza.

“Populações em cativeiro podem ser usadas em defesa da conservação e de outros aspectos relacionados ao meio ambiente por aumentarem nossa consciência sobre o problema, e poderiam, um dia, ser devolvidas a seus habitats naturais, se isso for apropriado”, adiciona seu website.

Link para o artigo original.

Leia mais: 




Tradução, revisão e edição: Ruby Malzoni, João Paiva, Teca Franco, Junia Machado.

domingo, 27 de outubro de 2013

Lançamento do Global Sanctuary for Elephants (Santuário Global para Elefantes) - tendo a ElephantVoices como parceira fundadora.

Como muitos dos que nos apoiam já têm conhecimento, nos últimos dois anos a ElephantVoices tem trabalhado com membros de sua equipe no Brasil para promover e apoiar uma legislação progressista, que coloque um fim à antiquada prática de usar elefantes em espetáculos. Como estratégia conectada, exploramos o desenvolvimento de um santuário de elefantes no Brasil. Muitos elefantes em cativeiro no Brasil e em outros países da América do Sul precisam urgentemente de um bem-estar e uma qualidade de vida melhores. Para ajudar a colocar um fim em seu sofrimento, um santuário de elefantes no Brasil é urgentemente necessário.

Recentemente, Scott Blais, cofundador do The Elephant Sanctuary in Tennessee (Santuário de Elefantes no Tennessee) e sua parceira, Katherine Blais, estabeleceram uma nova entidade sem fins lucrativos, a Global Sanctuary for Elephants (GSfE) - Santuário Global para Elefantes, com suporte da ElephantVoices.

Dedicada ao desenvolvimento e suporte de santuários de elefantes com ambientes naturais, progressistas e holísticos, a GSfE irá conduzir o empolgante e, para os elefantes, importante, esforço no Brasil. Por diversas razões, o Brasil é um local bastante adequado para um santuário - clima, habitats que permitem alimentação natural e comportamento social, políticas potencialmente progressistas e nosso time já estabelecido de voluntários estusiastas são apenas alguns dos motivos.
Uma iniciativa de colaboração com objetivos ambiciosos
Com sua vasta experiência em elefantes cativos, Scott e Katherine irão liderar a iniciativa, trabalhando diretamente com a ElephantVoices Brasil, enquanto os diretores da ElephantVoices, Petter Granli e a Dra. Joyce Poole, continuarão a prover aconselhamento e consultoria em todos os principais desenvolvimentos. A ElephantVoices Brasil, com um time de voluntários liderados por Junia Machado, coordenará todas as atividades de campo, trabalhando com agentes do governo brasileiro, investigando novas oportunidades, incluindo exploração de possíveis propriedades para o desenvolvimento do santuário, e continuará a construir relacionamentos profissionais fundamentais, tão essenciais para mover o projeto adiante. Juntos, decidimos que o Santuário de Elefantes Brasil - Elephant Sanctuary Brazil (ESB) - será administrado com base em princípios estabelecidos anteriormente pela ElephantVoices e disponíveis em Santuário para Elefantes - Princípios Gerais (Sanctuary for Elephants - Overall Principles). 

A ElephantVoices se preocupa profundamente com o saúde e o bem-estar de longo termo dos elefantes. Estamos confidentes de que sob a direção de Scott e Katherine, o Santuário de Elefantes Brasil transformará o futuro dos elefantes na América do Sul, enquanto servirá como parâmetro internacional para o desenvolvimento de outras iniciativas relacionadas ao desenvolvimento de santuários no mundo todo. Ver o ESB ativo e operante será como um sonho transformado em realidade.

Muito trabalho pela frente - o Brasil tem a mais alta prioridade



Como estamos agora no início de uma longa jornada, muitas etapas precisam ser desenvolvidas e fundos substanciais necessitam ser levantados para que o projeto dê frutos. O primeiro estágio de desenvolvimento é o trabalho conjunto em campo de Scott e Kat com a equipe da ElephantVoices no Brasil, para finalizar planos de desenvolvimento, e traçar a base do projeto do santuário. Uma vez no país, eles terão acesso a propriedades já identificadas para o potencial desenvolvimento, encontrar-se com agentes do governo e apoiadores, e pesquisar opções de construção que nos permitirão formalizar as necessidades financeiras de longo termo para formular a aquisição de terras e o orçamento de construção. 


Além dos recursos humanos, a ElephantVoices se comprometeu com a doação de U$ 10.000,00 do orçamento de U$ 30.000,00 necessários para custear esta primeira etapa, e já recebemos mais U$ 3.500,00 de organizações e grupos de bem estar animal. Agora, o time do projeto irá trabalhar para obter os remanescentes U$16.500,00 para acelerar a primeira etapa para ajudar os elefantes na América do Sul a andarem e viverem em um santuário.

Pedimos que você considere dar apoio ao Santuário de Elefantes Brasil (ESB) e/ou ao GSfE


Durante os últimos 20 anos, temos testemunhado o tremendo impacto de dois santuários de elefantes referência na América do Norte, The Elephant Sanctuary (TES) e Performing Animal Welfare Society (PAWS), que transformaram as vidas daqueles com sorte o suficiente para ir para o santuário. Você pode ser parte da transformação do sonho em realidade para elefantes em toda a América do Sul. Com o seu suporte ao Santuário de Elefantes Brasil, juntos poderemos assegurar que aqueles  elefantes que já serviram a uma sentença de vida de apresentações possam logo encontrar a paz, o espaço e a autonomia de que eles precisam e merecem. Pedimos a ajuda de todos aqueles (indivíduos, empresas e grupos e organizações de defesa animal) comprometidos a trabalhar por uma melhor qualidade de vida para os elefantes que ajudem a levantar os fundos necessários para mover essa etapa essencial adiante.

Você pode fazer uma doação on-line através dos seguintes links:
Global Sanctuary for Elephants
Crowdfunding campaign for Elephants Sanctuary Brazil
ElephantVoicesSe você doar para a ElephantVoices, assegure-se de designar seus fundos para o projeto, escolhendo “Elephant Sanctuary Brazil Project” no menu de opções.
A pobre Semba faleceu - precisamos avançar com o projeto AGORA 



Soubemos que Semba, uma já idosa elefanta de circo que passou a vida toda na estrada através da América do Sul, e que tínhamos esperança de que um dia pudesse encontrar a liberdade no Santuário de Elefantes Brasil, morreu, sem alarde. Não sabemos nenhum detalhe sobre a causa de sua morte, mas sabemos que sua vida não será esquecida conforme avançamos com grande urgência para assegurar que os outros elefantes em cativeiro ganhem a liberdade que lhe foi privada.

Sigam-nos no Facebook - ElephantVoices e ElephantVoices Brasil - para acompanhar as mais recentes notícias do desenvolvimento em direção a um futuro mais compassivo para os elefantes no Brasil e na América do Sul. 
Você encontrará mais informações em: 

Para perguntas, ou oferta de ajuda, por favor entre em contato com: 
nos Estados Unidos – Scott Blais 
no Brasil – Junia Machado













terça-feira, 17 de setembro de 2013

Massacre de elefantes na Costa do Marfim choca aldeões

Mãe e filhote de elefantes africanos da floresta (Loxodonta cyclotis) 
descansam em uma clareira da África central (Foto: © Melissa Groo)

Abidjan, Costa do Marfim, 17 de Setembro de 2013 – Inúmeros elefantes foram mortos por caçadores armados na Reserva Nacional de Mount Peko, na Costa do Marfim, de acordo com residentes locais.

Aldeões de Bagohouo afirmaram, na segunda-feira, que ficaram aturdidos ao ver tantos elefantes mortos por tiros e com as presas removidas. 

“Nos últimos dias, os caçadores aumentaram os ataques noturnos contra os elefantes. Já informamos as autoridades florestais sobre a presença de indivíduos armados na reserva,” disse Gaspart Guei, residente local.

“De uma população de muitos elefantes há alguns anos atrás, temos agora apenas três elefantes,” Benoit Yrou, outro aldeão, afirmou sobre a área onde está sua aldeia.

A Reserva Nacional de Mount Peko, que tem 34.000 hectares, é um dos maiores parques da Costa do Marfim.

O massacre dos elefantes ocorre logo após a grande estrela do futebol internacional do país, Yaya Toure, ter prometido fazer “tudo o que for possível” para lutar contra a caça ilegal de elefantes na África.

O jogador do Manchester City, time inglês, afirmou que a caça ilegal é uma das mais sérias ameaças à estabilidade política, à economia, à herança cultural e ao gerenciamento adequado dos recursos naturais de muitos países.

Apenas em 2011, segundo uma estimativa das Nações Unidas, mais de 17 mil elefantes foram mortos dentro de áreas protegidas.

Na Costa do Marfim, onde o número de elefantes caiu drasticamente, remanescem apenas 800 elefantes.

Especialistas alertaram sobre essa grave ameaça aos elefantes na Costa do Marfim, pedindo que sejam feitos mais esforços para proteger essa ameaçada espécie.

Link para o artigo original.

Junte-se à nossa campanha "Cada Presa Custa uma Vida" e a compartilhe massivamente. É preciso acabar com o comércio de marfim o mais urgente possível, no mundo todo!

Uma das ilustrações criadas pela artista Asher Jay para a campanha
Cada Presa Custa uma Vida (2013)

Tradução, revisão e edição: João Paiva, Teca Franco, Junia Machado.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Caçadores usam cianureto para matar 41 elefantes no Zimbábue

Fontes do governo afirmam que 116 elefantes foram mortos por envenenamento nos últimos oito meses e que esse número pode ser ainda maior

Caçadores misturaram cianureto a sal para matar silenciosamente elefantes no norte do Zimbábue

Por: Sipho Kings,  Mail & Guardian 

Publicado em 05 de Setembro de 2013



Jornais do Zimbábue noticiaram que caçadores mataram
41 elefantes com uma mistura de sal e cianureto (AFP).

O jornal Chronicle, do Zimbabwe, noticiou que a polícia desmantelou um cartel de seis caçadores ilegais que mataram e removeram as presas de 41 elefantes no Parque Nacional de Hwange.

Os caçadores misturaram cianureto a sal, que foi espalhado em volta de grandes lagoas visitadas pelos elefantes para beber água. Quando morreram, suas presas foram removidas e levadas para as casas dos criminosos.

Os caçadores foram pegos depois que guardas florestais ouviram tiros e foram até o local. Eles seguiram as pistas até uma casa que era usada como local para armazenamento do marfim. Um dos caçadores, então, foi persuadido pela polícia e pelos guardas florestais a telefonar para os outros membros da gangue e pedir que viessem à casa, onde foram presos.

A polícia recuperou 17 presas, no valor de R$ 273 mil.  

"O que eles estão fazendo é muito cruel, porque não termina com a morte dos elefantes. Os animais que se alimentarem dos elefantes mortos morrerão, e os que se alimentarem desses últimos, também (porque o cianureto permanece no sistema)", afirmou o inspetor chefe da polícia.

Aumento dramático

A caça ilegal no continente africano aumentou dramaticamente. Um relatório deste ano da convenção da CITES - Convention on International Trade in Endangered Species (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção) -, "Elephants in the Dust – The African Elephant Crisis" (Elefantes na Poeira - A Crise dos Elefantes Africanos), afirma que pelo menos 25 mil elefantes foram mortos na África no ano passado. O comércio de marfim - que é ilegal - dobrou desde 2007, aponta o relatório.

Na Tanzania, 30 elefantes são mortos a cada dia para a retirada de suas presas, dizimando rapidamente a segunda população de elefantes da África. O governo prevê que, a essa taxa, 10 mil elefantes terão sido mortos no país até o final deste ano. 

O problema ainda não atingiu a África do Sul, mas é predominante nos países que fazem fronteira com o país. Julian Blanc, coordenados e analista de dados do Mike -  Monitoring the Illegal Killing of Elephants (Monitoramento da Matança Ilegal de Elefantes), afirma: "Enquanto que os níveis de caça ilegal no sul do continente africano não sejam tão elevados como em outras partes, eles estão crescendo continuamente."

A pesquisa ligou a pobreza à caça ilegal, e isso agora não é um problema menor na África do Sul, acrescentou ele. 

A caça de elefantes foi um problema no país nos anos 80, mas foi erradicada, e, desde então, as populações têm crescido constantemente. A SANParks - South African National Parks (Parques Nacionais Sul-Africanos) está, de qualquer modo, se planejando para um aumento da caça, com documentos de alerta sobre "a ameaça da caça ilegal de elefantes surgindo no horizonte". 


Menino Maasai e seu cachorro ao lado de um esqueleto de elefante
morto por caçadores perto de Arusha, na Tanzânia (AP). 

Leia mais: Total de elefantes envenenados nos últimos meses

Um total de 116 elefantes morreram como resultado de envenenamento das fontes de água por caçadores ilegais, no Parque Nacional de Hwange, no Zimbábue, nos últimos oito meses, segundo informou à polícia Amos Gwema, uma autoridade da agência governamental de Parques e Gerenciamento da Vida Selvagem. Segundo ele, 97 desses casos estavam relacionados a três dos seis caçadores presos após o recente envenenamento de 41 elefantes na semana passada. 

“Desde Janeiro de 2013, 116 elefantes morreram por envenenamento na área de Mokona, e 97 desses casos estão ligados aos acusados de matar com cianureto esses 41 elefantes”, afirmou Gwema. 

“O Zimbábue é membro da CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção -, e o que está ocorrendo é uma ameaça à sobrevivência desses animais. Suspeitamos que o número de animais envenenados continue aumentando conforme as investigações prossigam”. 

Tradução, revisão e edição: João Paiva, Teca Franco, Junia Machado.




sábado, 7 de setembro de 2013

India estuda proibir totalmente do uso de animais em circos


Circense desliza sob um elefante, em apresentação
de circo em Siliguri, na India (Foto: AFP).

“Todo mundo gosta do circo, mas ninguém vê o que está acontecendo por trás da cena, o modo horrível como os animais são tratados e mantidos”, afirma S. Umarani, Secretário do Conselho de Bem-Estar Animal da India - Animal Welfare Board of India (AWB) -, órgão do governo, criado em 1962 pelo Ministério da Agricultura e transferido, em 1990, para o Ministério do Meio Ambiente e Florestas. 

“Temos que estabelecer a legislação correta para acabar com a crueldade. Por isso, o Conselho recomendou uma proibição total. Agora, o Ministério vai considerar e retornar”, disse Umarani. 

Já existe uma proibição em vigor na India para a apresentação de muitos animais selvagens e ameaçados de extinção, incluindo ursos, macacos, tigres, panteras e leões, mas essa mais recente proposta abrange todo e qualquer animal. 

Os elefantes ainda são usados amplamente nos circos indianos, a despeito de uma proibição que entrou em vigor em 2009, afirmam ativistas, que também denunciaram ter descoberto recentemente elefantes e cavalos acorrentados por longos períodos, cães alojados em gaiolas minúsculas e tratadores embriagados. 

Em julho, a Bélgica anunciou a aprovação de uma lei proibindo o uso de animais selvagens em circos, seguindo os passos de Holanda, Áustria, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Grécia, Chipre, Israel, Peru, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Costa Rica e Cingapura.

O governo britânico também planeja proibir o uso de animais selvagens em circos, a partir de 1 de Dezembro de 2015. Esse prazo é para que os donos de circo tenham tempo para adequar seu negócio e encontrar locais apropriados para destinar os animais, segundo David Heath, Ministro da Agricultura no Reino Unido. 

No Brasil, o Projeto de Lei 7.291, de 2006, aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados. 

Link para a reportagem do The Raw History sobre a proibição na India.



Tradução, revisão e edição: João Paiva, Teca Franco, Junia Machado.







segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O retorno de mais de 90 elefantes à floresta marca o Dia Mundial do Elefante

Em 2006, a ElephantVoices teve o prazer de visitar a Elephant Reintroduction Foundation (Fundação de Reintrodução de Elefantes), na Tailândia, com objetivo de conhecer os esforços da fundação para reintroduzir na natureza elefantes que, antes, viviam em cativeiro. 

No ano passado, em 12 de Agosto, a fundação deu início ao Dia Mundial do Elefante, e lançou o documentário “Return to the Forest” (“Retorno à Floresta”), assinalando seu aniversário de dez anos. 

Mais de 90 elefantes estão de volta a seu modo de vida natural, longe de turistas e de trabalhos como carregar toras de madeira, fazer apresentações ou mendigar nas ruas. 

O documentário chama a atenção para a situação dos ameaçados elefantes asiáticos e seu vital papel nos ecossistemas, e nos convida a uma consideração sobre nosso papel em sua proteção e de seu habitat, através do mundo. 

Cumprimentamos nossos amigos da fundação por seu trabalho e por esse importante filme - e pedimos que você tome 30 minutos para asisti-lo neste Dia Mundial do Elefante. Os elefantes precisam de SUA atenção e suporte! 

Assista a "Retorno à Floresta", clicando neste link.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Hong Kong apreende marfim ilegal, chifres de rinoceronte e peles de leopardo no valor de R$12,2 milhões (US$5,3 milhões)


Foto: Associated Press
Oficiais da alfândega de Hong Kong apreenderam de um carregamento de marfim ilegal, chifres de rinoceronte e peles de leopardo valendo cerca de R$ 12,2 milhões (US$5,3 milhões), na segunda maior apreensão de produtos de espécies selvagens em um mês. 

O lote é também o mais recente de uma série de grandes apreensões de marfim durante o último ano, em Hong Kong.

Agindo com informações de oficiais da alfândega da China, autoridades de Hong Kong confiscaram cerca de 1.120 presas de marfim, 13 chifres de rinoceronte e cinco peles de leopardo, que pesaram um total de 2.266 quilos, segundo Vincent Wong, diretor da alfândega.  

Os itens foram encontrados na terça-feira, em 21 caixas escondidas em um contêiner cheio de madeira vindo na Nigéria, disse ele. Wong afirmou ainda que o carregamento mudou de navio em Xangai antes de chegar a Hong Kong, mas que não acredita que a antiga colônia britânica fosse o destino final. 

Ativistas da vida selvagem dizem que a crescente presença da China na África é a culpada pelo aumento sem precedentes da caça ilegal de elefantes para obtenção de suas presas, e acredita-se que a maior parte delas seja contrabandeada para a China e para a Tailândia, para ser transformada em enfeites de marfim. 

De acordo com a CITES, o organismo internacional que monitora as espécies ameaçadas, o comércio ilegal de marfim representa em tamanho, hoje, pelo menos o dobro do que em 2007.

O marfim pode alcançar R$ 4,6 mil (US$2 mil) por quilo no mercado negro e mais do que R$ 115 mil (US$50 mil) por uma presa inteira.

No mês passado, mais de duas toneladas de presas de elefantes valendo cerca de R$5,2 milhões (US$2,25 milhões) encontradas em um contêiner vindo do Togo foram confiscadas por oficiais da alfândega de Hong Kong, que afirmou que essa havia sido a maior apreensão desde 2010. Em janeiro, oficiais confiscaram um carregamento de marfim valendo R$3,2 milhões (US$1,4 milhão) vindo do Quênia, que se seguiu a duas outras grandes apreensões no final do ano anterior.

A demanda por chifres de rinoceronte é gerada pela crença, na Ásia, de que  curaria doenças, o que não é apoiado por evidências médicas. O chifre do rinoceronte é feito de queratina, proteína encontrada nas unhas dos humanos.

Ninguém foi preso.

Pelas leis de Hong Kong, qualquer culpado de comércio de produtos vindos de espécies ameaçadas enfrenta até dois anos de prisão e multa de até R$1,5 milhão (US$645 mil).

Link para o artigo original do The Washington Post.

Assista a vídeo da BBC sobre a apreensão de carregamento de duas
toneladas de presas de elefantes jovens em Hong Kong, em Julho de 2013.
Saiba mais sobre o comércio de marfim no Blog do Planeta, da Revista Época, e apoie nossa campanha contra o comércio de marfim - Cada Presa Custa uma Vida -, compartilhando ilustrações e informações com seus amigos.

Tradução, revisão e edição: João Paiva, Teca Franco, Junia Machado.



terça-feira, 30 de julho de 2013

Costa Rica se livra de seus zoos, favorecendo a consciência ambiental natural

A Costa Rica dá um grande passo com a decisão de transformar seus zoos em jardins botânicos e libertar seus animais. Esperamos que outros governos progressistas sigam seu exemplo.  

The Costa Rica News (TCRN)
Publicado em 28 de Julho de 2013 

Onça pintada (Panthera onca), o maior felino das américas, em seu recinto em zoo da Costa Rica (TCRN).

Depois de quase 95 anos, o governo da Costa Rica decidiu colocar um fim à exibição de animais enjaulados em zoos.

O Zoológico Simon Bolivar foi criado por decreto em 1919 e abriu no coração da capital em 1921. Desde então, gerações de famílias visitaram a Costa Rica e seu zoo para ver animais selvagens locais, como onças ameaçadas de extinção e outras espécies, como leões.

Depois de décadas de operação e visitação extensiva, o Ministério do Meio Ambiente e Energia (MINAE) afirmou que a Costa Rica tem observado uma mudança na consciência ambiental e que a ideia de zoológicos com animais em jaulas expirou. 

“O MINAE tem a responsabilidade de responder ao crescimento da consciência ambiental dos costarriquenhos, que não querem mais ver animais em jaulas. É uma velha ideia, que não combina mais com os costarriquenhos”, afirmou o Ministro do Meio Ambiente, Rene Castro.

Cerca de 400 animais de 71 espécies de pássaros, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos que habitam o Zoo Simon Bolivar serão levados a centros de resgate em maio do próximo ano, e os nativos serão soltos na natureza.

O zoo, que é administrado há 20 anos pela Fundação Fundazoo, será transformado em um parque botânico, que também terá, como objetivos, pesquisas científicas e educação.

O governo também está trabalhando junto à comunidade para determinar o que será criado no local do Centro de Conservação de Santa Ana, outro zoo operado pela mesma fundação e que tem 52 hectares (será mantida sua classificação de Parque Natural Urbano).

A Costa Rica, reconhecida internacionalmente por suas políticas de conservação ambiental, é um país pequeno, de 4,5 milhões de habitantes e lar de mais de 5% da biodiversidade do planeta. Suas florestas cobrem 52,3% de seu território, do qual 30% permanecem protegidos na forma de Parques Nacionais e Reservas.


Link para o texto original. 

Leia também: "Mente e Movimento: Indo ao Econtro dos Interesses dos Elefantes", de Joyce Poole e Petter Granli, e entenda os motivos pelos quais os zoológicos são lamentavelmente inadequados para abrigar elefantes.

Tradução, revisão e edição: João Paiva, Teca Franco, Junia Machado.







sábado, 20 de julho de 2013

ElephantVoices conscientiza visitantes do Museu Histórico Nacional (RJ) sobre o comércio de marfim e a atual matança dos elefantes

Antes de visitarem exposição de arte sacra que inclui grande acervo de imagens religiosas de marfim, visitantes são informados sobre como o crescente comércio de marfim está ameaçando a sobrevivência dos elefantes. Na próxima semana, a exposição receberá também o público da Jornada da Juventude.


A recepção do museu e os materiais da campanha “Cada Presa Custa uma Vida” 
(Foto: Maria Cristina Mullins)

Quando os visitantes chegam à recepção do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, para visitar a exposição “A Arte a Serviço da Fé – Tesouros do Museu Histórico Nacional”, além de se depararem com o belo painel em tons de púrpura e dourado que anuncia a exposição de arte sacra, têm acesso a peças informativas da ElephantVoices sobre o comércio de marfim e como ele está colocando em risco a sobrevivência dos elefantes. 

São três banners: dois com texto informativo, em inglês e português, e um com a imagem “Valores de Família”, desenvolvida pela nova-iorquina Asher Jay e que faz parte da campanha mundial da ElephantVoices “Cada Presa Custa uma Vida”, lançada no início deste ano e dirigida a todas as pessoas que fazem parte da cadeia do marfim – desde os caçadores até os compradores finais, em diversos países.

A exposição, que estará em cartaz até meados de agosto, inclui um grande acervo de imagens religiosas de marfim de propriedade do museu, datadas do século XVIII. 

A ação da ElephantVoices Brasil foi aprovada pela Diretoria e pelo Setor de Comunicação do museu, que concordaram sobre a importância da conscientização do público da exposição quanto à atual ameaça do crescente comércio de marfim à sobrevivência das três espécies de elefantes. 

Desde os primeiros contatos da ElephantVoices Brasil com o Museu Histórico Nacional, através de sua diretora Vera Tostes, ficou clara a disposição do museu em aproveitar o momento para uma conscientização a respeito da preservação dos elefantes. Maria Cristina Mullins, da equipe da ElephantVoices Brasil do Rio de Janeiro, e Laudessi Torquato, da Assessoria de Comunicação do Museu Histórico Nacional, reuniram-se pela primeira vez em abril, por ocasião da abertura da exposição, para discutir o desenvolvimento de um trabalho educativo que não desmerecesse a importância da coleção do museu enquanto arte e registro histórico, e que, ao mesmo tempo, desse visibilidade à direta relação entre a atual produção e venda de imagens de marfim e o extermínio das espécies de elefantes. 

Banner com imagem criada pela artista nova-iorquina Asher Jay, exposto na entrada da exposição “A Arte a Serviço da Fé”, no Museu Histórico Nacional

Numa época em que o mundo todo volta sua atenção para o fato de que os elefantes africanos estão sendo rapidamente exterminados em quantidades jamais vistas, o Museu Histórico Nacional dá um passo importante ao esclarecer ao público que a exposição de imagens de marfim representa a arte do passado e que não pode servir de exemplo ou incentivo para que seus visitantes adquiram peças similares. 

Esperamos que essa atitude sirva de exemplo para outras entidades no Brasil e no mundo preocupadas com meio ambiente e conservação, estejam elas relacionadas diretamente ou não a objetos de marfim, pois a preservação dos elefantes pede ação urgente de cada um de nós. 

Banner produzido em duas versões – português e inglês –  exposto na entrada da exposição “A Arte a Serviço da Fé”, no Museu Histórico Nacional, que receberá participantes da Jornada da Juventude.

O gradual desaparecimento dos elefantes africanos.

Um mapa interativo da National Geographic sobre a caça predatória por marfim.

Matar elefantes por causa do seu marfim está devastando uma espécie que já está perdendo terreno para uma crescente população humana.

A população de elefantes e sua distribuição na África diminuíram drasticamente desde 1979, em grande parte devido à caça predatória por marfim. Em 1979, estima-se que havia 1,3 milhão de elefantes no continente, distribuídos amplamente por diversos países. Em 2007, seu número já havia sido reduzido para algo entre 472 mil e 690 mil. 

Acesse aqui o mapa interativo.
A caça predatória por marfim tem eliminado com rapidez populações inteiras de elefantes que, hoje, vivem fragmentadas pelo continente. Apenas em 2012, estima-se que tenham sido mortos mais de 40 mil elefantes no continente africano (ou seja, cerca de dez por cento ou mais das populações remanescentes), para abastecer o comércio de imagens religiosas e objetos de marfim no mundo todo. 

O jornalista Bryan Christy escreveu uma impactante reportagem para a National Geographic, “Culto ao Marfim”, em outubro de 2012, em que revelava como as presas dos elefantes africanos, ainda ensanguentadas, chegavam por contrabando aos portos asiáticos e se transformavam em valiosas peças de marfim, para suprir lojas não somente na Ásia, mas em muitos países. 

Hoje, estima-se que haja menos de 400 mil elefantes na África. 






sexta-feira, 19 de julho de 2013

Adriana Barra e os jardineiros das florestas da Ásia e da África

Estilista e designer brasileira engaja-se em campanha mundial pela conservação dos elefantes, os maiores horticultores de nosso planeta.


Elefantes emergem de uma paisagem tropical, ladeados por animais e plantas que parecem reverenciá-los. Nas estampas criadas por Adriana Barra, inspiradas na conservação dos jardineiros de nosso planeta, as espécies convivem em harmonia e a biodiversidade é generosa.

Nos diversos países da África e da Ásia habitados pelos maiores mamíferos terrestres de nosso planeta, porém, a realidade é outra. A disputa com os seres humanos por espaço e recursos naturais, o tráfico de filhotes de elefantes asiáticos para uso em atividades turísticas e a caça predatória para abastecer a crescente demanda por objetos de marfim estão ameaçando a sobrevivência das três espécies de elefantes e colocando em risco tanto a biodiversidade das florestas tropicais como a economia e a estabilidade dos  países onde vivem.

“Elefantes são seres extraordinários e muito importantes para a biodiversidade, mas, infelizmente, sua sobrevivência está ameaçada”, afirma Adriana Barra. “É preciso uma conscientização de todos os povos, para que o consumo de marfim acabe o quanto antes não somente na Ásia, mas no mundo todo. Não podemos permitir que o atual massacre de elefantes continue e que tanto suas populações, como as paisagens onde vivem, desapareçam”. 

Os elefantes têm propriedades ecológicas únicas e, por isso, são considerados os megajardineiros de nosso planeta. Ingerem grandes quantidades de sementes, de inúmeras espécies, e as dispersam através de longas distâncias, mantendo-as preservadas durante o processo de digestão e envolvendo-as em ricos nutrientes ao dispensá-las. As novas árvores mantêm a saúde da floresta e contribuem para um ar limpo, importante para todos os seres do planeta. Os elefantes abrem uma rede de trilhas que são usadas por outros animais e clareiras importantes e ricas em nutrientes, usadas para a alimentação de diversos animais, inclusive os gorilas. São insuperáveis nessas funções e vitais para as florestas tropicais, sendo, por isso, considerados os maiores horticultores de nosso planeta.


Assim, retratados como importantes e insubstituíveis jardineiros, é que os elefantes aparecem nas estampas de Adriana Barra. E as borboletas que os sobrevoam em profusão também são símbolo de um ecossistema saudável: a quantidade dessas pequenas criaturas, rápidas e sensíveis, num ecossistema é considerada pelos cientistas um indicador confiável da biodiversidade. 

“Conheci o trabalho da ElephantVoices no ano passado. Já tinha tido contato com elefantes e admirava bastante sua inteligência e sua essência carinhosa  e gentil. Foi inspirador saber mais sobre eles, conhecer os projetos que estão sendo desenvolvidos para sua conservação e também entender qual a sua importância na natureza. Decidi criar estampas em sua homenagem, e elas acabaram se tornando a base para o desenvolvimento de toda uma coleção, a United Kingdom of Tropicalia (lançada no verão 2012/2013). Agora, essas imagens poderão ser úteis para chamar a atenção do mundo todo sobre a importância de sua conservação”, afirma a estilista.

Das três espécies de elefantes, a mais frugívora (i.e., que se alimenta de frutas) é o elefante africano da floresta, cujo habitat são as florestas da África Central e Ocidental, seguida pelo elefante asiático e, depois, pelo elefante africano da savana. A mais ameaçada das três é, justamente, o elefante africano da floresta, por causa  de suas presas mais róseas, mais firmes e mais valorizadas pelos consumidores de marfim. Seu papel ecológico é crucial na vida das florestas onde vivem, locais de biodiversidade incrível e muito importantes para o planeta, por sua grande capacidade de absorção de carbono. Entretanto, essa espécie caminha rapidamente para a extinção: nos últimos anos, sua população declinou mais de 60%.

De acordo com Stephen Blake e Ahimsa Campos-Arceiz, coautores de um estudo sobre a distribuição de sementes pelos elefantes africanos e asiáticos, se eles  desaparecerem do ecossistema, podemos esperar mais do que a perda de espécies-chave da África, mas também uma grande perda da biodiversidade e uma simplificação da estrutura e da função das florestas. Em suma, seria como se os jardineiros abandonassem seus canteiros, deixando-os para uma monocultura de ervas daninhas em expansão.

O crescente consumo de objetos feitos com marfim a partir de presas contrabandeadas das duas espécies de elefantes africanos para a Ásia foi a causa do extermínio de 40 mil a 50 mil elefantes em 2012, segundo Petter Granli e Joyce Poole, diretores da ElephantVoices. Isso equivale a mais de 10% de sua população total na África. A situação exige medidas urgentes em toda a cadeia do comércio de marfim, desde a caça até o consumo do produto final, no mundo todo.  

Adriana Barra


O destino foi decisivo para que a designer Adriana Barra criasse seu Universo. Um mundo colorido, onde a liberdade prevalece. Seu talento, aliado ao estilo exclusivo de criação, a tornou uma das mais importantes designers do Brasil e referência de estilo, qualidade e bom gosto, com uma estamparia incomparável. Apaixonada por Pantones, suas criações combinam formas e desenhos a listras e xadrezes. Com um conceito muito pessoal, ela acredita na liberdade, e sua moda é atemporal, com criações que não vêm da inspiração, mas surgem pela transpiração. Com a proposta de trazer de volta a feminilidade e o glamour da mulher de tempos atrás, Adriana Barra desenvolve criações customizadas de acordo com a mistura dos desejos de cada mulher e de sua própria criatividade.

Saiba mais sobre a importância dos elefantes para as florestas tropicais.